Início Cidades Macaúba desponta como nova aposta sustentável na produção de biocombustíveis e conta com apoio do governo paulista –

Macaúba desponta como nova aposta sustentável na produção de biocombustíveis e conta com apoio do governo paulista –

por Redacao


A macaúba (Acrocomia aculeata), palmeira nativa de regiões tropicais e subtropicais do Brasil, tem atraído investimentos expressivos devido ao seu potencial como matéria-prima para biocombustíveis. Além de ser uma alternativa sustentável, a planta se destaca por sua capacidade de produzir grandes volumes de óleo vegetal, impulsionando o setor de energia renovável e contribuindo para o desenvolvimento econômico em diversas regiões do país.

Investimentos bilionários e interesses internacionais

O fundo árabe Mubadala, com sede nos Emirados Árabes Unidos, anunciou recentemente um investimento de R$ 15 bilhões no cultivo e processamento da macaúba no Brasil. A aplicação dos recursos será destinada à produção de diesel verde e combustível sustentável de aviação (SAF). A iniciativa faz parte de um movimento global em busca de soluções renováveis ​​para a redução de emissões de gases de efeito estufa no setor de transportes.

Segundo especialistas, o Brasil tem uma posição estratégica nesse mercado devido à abundância de terras disponíveis e à adaptabilidade da macaúba. O cultivo, em especial em áreas degradadas, tem potencial para revitalizar solos improdutivos e criar empregos nas cadeias produtivas locais.

Vantagens da macaúba como matéria-prima

A macaúba oferece vantagens competitivas em comparação com outras culturas, como a soja. A planta tem um rendimento estimado de até 5 toneladas de óleo por hectare, superando significativamente as principais oleaginosas utilizadas atualmente para biocombustíveis. Além disso, a macaúba é uma espécie perene e nativa, o que reduz a necessidade de insumos químicos e favorece práticas agrícolas de baixo impacto ambiental.

Outro ponto positivo é o aproveitamento integral da planta. Além do óleo extraído dos frutos, resíduos como cascas, fibras e tortas podem ser utilizados em outros setores, como ração animal e produção de energia térmica, ampliando as oportunidades de negócios e fomentando a economia circular.

Apoio do governo e pesquisa tecnológica

O governo de São Paulo tem incentivado a produção sustentável de macaúba por meio de parcerias entre instituições públicas e privadas. Iniciativas como programas de financiamento e capacitação técnica buscam apoiar produtores rurais específicos em incluir o cultivo da palmeira. Além disso, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) liderou estudos para melhorar o manejo da cultura, identificando variedades mais produtivas e resistentes a práticas.

Pesquisadores também têm métodos explorados para melhorar a remoção de óleo e desenvolver tecnologias que aumentem a eficiência do uso da macaúba na produção de biocombustíveis. Esses avanços fortalecem a competitividade do Brasil no cenário internacional de energia renovável.

Impactos econômicos e ambientais

O cultivo da macaúba não beneficia apenas o meio ambiente, mas também promove o desenvolvimento regional. Áreas como o Cerrado e a Mata Atlântica, onde a planta é nativa, têm sido foco de projetos que buscam aliar recuperação ambiental a geração de emprego e renda.

Por outro lado, especialistas alertam para a necessidade de garantir que a expansão do cultivo seja realizada de forma responsável, evitando conflitos fundiários e priorizando práticas agrícolas sustentáveis.



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